segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL!

Feliz Natal para todos vocês que visitam o blog RETROGAME. Estou muito feliz em ver que muitas pessoas estão gostando e apreciando o meu trabalho. Antes de qualquer coisa, ter paz de espírito, felicidade e saúde é mais importante do que apenas jogar e se divertir. Então, tudo de melhor na vida de cada de um vocês, QUERIDOS VISITANTES. Obrigado pelas visitas e comentários.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim do mundo? Atomic Runner - Chelnov

Trinta créditos ainda é pouco para zerar esse jogo tão difícil  porém tão envolvente
E hoje o mundo acabaria. Ainda bem que não acabou porque assim o visitante terá a chance de conhecer e, se quiser, jogar esse excelente jogo: Atomic Runner - Chelnov. Sendo assim, farei uma homenagem a esta data falando deste título apocalíptico.


Esse jogaço fez a minha cabeça por muitíssimos anos. A experiência que ele me trouxe foi única e até hoje eu não deixo de lembrar dos mínimos detalhes que ainda guardo na minha memória. Tudo começou em 1989, no fliperama do Edmundo, que se localizava em uma cidade vizinha à minha. O Edmundo era o cara que vendia as fichas para a molecada se divertir e jogar até perder a sanidade mental. Como já disse em vários posts anteriores, na década de 1980 houve uma grande variedade de jogos para videogames e fliperamas. Pinballs também. Chelnov foi uma quebra de paradigmas sem igual, pelo menos para mim. Nunca vi algo assim até então.

É possível atacar os inimigos pulando neles também, que nem no Mario ou no Rygar
O Ed costumava fazer um "preview" dos jogos que chegariam no fliper. O dono (chama-se Roberto) falava para ele sobre os planos de trocar as máquinas, pois ele tinha muitos jogos e a rotatividade era muito grande. Ele tinha máquinas espalhadas em muitas cidades daqui de Brasília. Eu era um grande amigo dos dois e o Edmundo havia me dito o seguinte:

"Rafael, está chegando aí uma máquina que vai fazer muita gente ficar doida. É um jogão. O nome dele é 'GUERRA NO IRAQUE'". Eu ri muito mesmo. Achei o nome totalmente ridículo e sem graça. Na verdade, esse foi o  apelido carinhoso que meu amigo deu para o jogo. Eu costuma passar o sábado inteiro naquele fliperama, tentei imaginar como seria essa nova máquina e depois de umas três semanas, finalmente chegou o jogo tão esperado: CHELNOV. Ele não me chamou a atenção no primeiro momento, mas quando vi o pessoal jogar pela primeira vez, aí a coisa mudou. O lance é que desde criança eu sempre fui conservador. Me recusava a aceitar o que era novo e a evoluir. Ser saudosista as vezes prejudica muito a visão do futuro e das coisas diferentes. Ainda assim, eu procurava entender o real valor das novidades.

Na trama, invasores acabaram com a vida na terra e sobreviveram pouquíssimas pessoas, incluindo o heroi Chelnov, que foi vítima de um acidente nuclear. O objetivo principal do jogo é aniquilar esses monstros e salvar o pouco que resta do planeta. Ideia bem interessante, né? Hahaha. O jogo tem três botões. Um para atirar, outro para pular e o último para virar o personagem (atacar atrás e pela frente). A tela literalmente empurra o garoto para frente. Não tem como parar, entendem? A menos que coloque o controle para trás a fim de que o personagem fique estático e possa entender melhor a situação dos ataques inimigos. Só quando se chega no chefe da fase que a tela para e é possível movimentar-se livremente. No começo, todo mundo apanhou para controlar o Chelnov porque aquilo era totalmente diferente de qualquer outro jogo anterior. Uma inovação sem igual e que para terminar de lascar tudo, o jogo ainda era difícil. Aquilo era um desafio para mestres ou jogadores muito persistentes e todos queriam fazer o seu melhor para descobrir as fases posteriores e até mesmo chegar no final dele.

Quando eu ouvi a música e vi aqueles chefes, fiquei bem surpreso. Que envolvente! Que música linda, principalmente a da terceira e última fases. A música das outras fases é a mesma e depois de um tempo, começa a ficar enjoativa, apesar de ser tão bem elaborada.

O jogo ficou um pouco deixado de lado por ser um grande caça-níqueis e o marketing dele foi o mais imprevisível possível. Foi lançado um desafio no qual quem terminasse o jogo ganharia 30 fichas e o nome do campeão divulgado na parte superior da marquise do gabinete. Virou uma febre e praticamente todos os frequentadores do fliperama passaram a ter gosto pelo jogo. Ao final de cada fase, aparecia um mapa indicando a localização do nosso heroi. Quem seria o primeiro a zerar? Como era o último chefe? Qual a ligação do jogo com a Estátua da Liberdade? A maioria fracassou, mas...

O visual dos chefes e dos inimigos é muito interessante
Um dia, apareceu um cara disposto a gastar MUITO DINHEIRO para terminar essa pedreira. Ele gastou aproximadamente umas 40 fichas para ser o primeiro desafiante a vencer essa parada. Vocês não têm noção do tanto de gente que juntou para ver a façanha. Eu estava lá e todos torceram muito para ver o fim do game. Ao receber o prêmio, a galera parabenizou o super jogador pela coragem em ter gasto tanta grana para nos privilegiar com belíssimo zeramento do game. O final é trágico e cabe a quem tiver curiosidade conferir no YouTube. 

Versão para Mega Drive:

Cartucho para Mega Drive
Esse jogo teve um reboot em 1992 e eu não tenho palavras para descrever tantas melhorias. Como eu disse acima, há apenas duas músicas durante o gameplay da versão arcade: Fase 1, 2, 4, 5 e 6; 3 e 7. No console, cada fase tem uma trilha diferente e ficaram muito bem elaboradas. O gráfico ficou impecável e o visual totalmente diferente, ou seja, os inimigos e até mesmo o personagem principal ganharam novo design. A história também mudou e o final do jogo também é outro. Conseguiram melhorar o que já era bom e agradou os velhos fãs e atraiu outros novos jogadores. Ficou um show.

O gráfico é lindo. Muito mais rico, colorido e de encher os olhos. Pena que o personagem tenha ficado pequeno e as vezes difícil de se notar
Para finalizar, se alguém acha que já viu de tudo, jogue esse jogo. Termine-o e consagre-se como um grande jogador. É um game para gigantes e persistentes. Diferente, atraente, divertido, bons gráficos, som, música e desafio de alto nível. VÁ FUNDO! Salve o mundo antes que os invasores acabem com ele. :)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Atari 2600

Logo da Atari games
Esse videogame praticamente me lançou como jogador e me fez ficar fascinado com os games. Eu joguei muito Atari quando era bem novo e até hoje, quando eu posso, jogo alguns jogos para matar a saudade e melhorar metas pessoais tais como recordes, distância, etc.

O primeiro jogo foi Enduro. Eu era um péssimo jogador e não durei muito tempo. Logo, um outro amigo meu o jogou e depois de perder, passou o controle para o dono do videogame. Por falar nisso, nessa época era ótimo fazer amigos, jogar juntos e fazer boas disputas. Se nas décadas de 1980 e 1990, existiam muitas locadoras e fliperamas, também era bem comum ter muitos amigos com videogames. Acredito que por isso muitas pessoas chamam de "época de ouro", razão de tanta "fartura" nesse mercado que hoje em dia está cada vez mais caro e inacessível para a maioria das pessoas.

Uma das coisas que eu mais gosto no Atari é a variedade de jogos. O que sempre me chamou a atenção foi o fato de encontrar jogos diferentes com características específicas. É como comparar o Laser Gates com Defender. Pac-Man com Jawbreaker e por aí vai. Não sei ao certo quantos jogos eu já joguei no Atari, mas foram muitos e conheço um número considerável de games dessa lista. 

Esse videogame tem uma infinidade de jogos. São muitos títulos e isso faz do Atari um videogame muito versátil
Incrível como observando hoje, os gráficos são tão obsoletos, mas que com o fator lúdico da época, era possível entender os personagens: saber o que é um avião, um carro, um homem, um cachorro, uma árvore, jacarés, navios, etc. Eu já discuti muito com amigos o que era um objeto:

- Isso é uma aranha!
- Não, é um gafanhoto.
- Nada, isso aí é um escorpião e pronto.

Hahaha, acho engraçado esse tipo de coisa. Muita gente se confundiu e até hoje, existem objetos não-identificados em vários jogos. 

Meus jogos. Alguns são emprestados de amigos. Seaquest, Dactar e Megamania não são meus. :(
Eu só fui ter um Atari na minha adolescência. Demorou muito e fiquei pouquíssimo tempo com ele porque minha avó (que Deus a tenha) disse que aquilo estragava televisores. Fiquei muito magoado e nem me lembro que fim ele levou. Eu tinha muitos jogos e lamentei tanto ter entregue aquilo... Ganhei de presente de um ex-namorado da minha tia. Fazer o quê, né? De qualquer maneira, ganhei de uma amiga um Atari em 2007 e posso jogar quando quiser. Tenho alguns jogos e quando dá, ligo o videogame na minha tv de tubo e jogo por algumas poucas horas.
Esse é o modelo do primeiro Atari que eu tive. Quantas sau-da-des!!!
Joguei até 1993. Depois disso, muitos dos meus amigos se mudaram, outros venderam o console e outros perderam o interesse por gostarem mais dos jogos modernos de Nintendo 8 Bits, Master System, Mega Drive e Super NES. Ficam as lembranças de um videogame que fez história e pode ser considerado o pai de muitos outros.

Apresento-lhes o meu Atari 2600. Ainda funciona e jogo de vez em quando. Pena que não seja o joystick original

sábado, 15 de dezembro de 2012

Jail Break

Jogo do cão, insano e muito frenético à primeira vista. Mas não se assuste, hahaha. Com treino e domínio esse jogo se transforma em diversão e horas de jogo com uma única ficha, ou um crédito (já que estamos na era dos emuladores e não é mais preciso pagar para jogar).

Nesse jogo, também há atiradores de elite que ficam dentro de bueiros (eca) e dos prédios
Existem coisas que ficaram fotografadas e guardadas na minha lembrança para sempre. Uma delas foi a primeira vez que eu vi Jail Break e sabem, eu fiquei muito entusiasmado. Foi um dos primeiros jogos de fliperama que eu brinquei, juntamente com Zippy Race, Galaga e outros jogos no ano de 1987. Um policial atende a um chamado de socorro porque houve uma fuga da prisão de muitos, mas MUITOS presos perigosíssimos. Esses caras possuem um armamento sem igual. Metralhadoras, granadas de efeito moral e caminhões de lixo. Pelo menos o personagem principal também arrebenta. Ele tem a pistola, bazuca e uma escopeta que atira bombas de gás lacrimogêneo.

Depois da fase 100, o jogo volta para a fase 1. Fiz esse recorde entregando o jogo na fase 150, porque o contador para
Esse jogo tem cinco fases e dá infinitos loops. A partir do momento que se consegue dominar o segundo loop, a dificuldade não mais se altera. Aí é uma questão de tempo, mais precisamente umas cinco horas e meia para atingir a pontuação máxima de 9.999.900. Ao chegar na fase 100, o jogo volta a ficar fácil como nos cinco primeiros estágios. Na fase 6 em diante, volta a ter essa dificuldade padrão do game zerado. O curioso é que esse jogo não registra a fase em três dígitos, apenas em dois. Por isso o jogo volta a ficar tranquilo na fase 101.

Há uma observação a ser feita. No final, o delegado (chefe de polícia, sei lá) está sentado em uma cadeira, coberto de bombas. Ao redor dele, aparecem os melhores atiradores e o cercam. É preciso matá-los um a um para conseguir terminar o jogo. Se por algum descuido o delegado for acertado por um dos seus tiros, o jogo termina, mesmo que você tenha 60 vidas. Adeus.

É isso que não pode acontecer: atirar no refém (chefe de polícia)
Jail Break bem que podia ter saído para Mega Drive ou Super Nintendo. Para ser sincero, muitos jogos só não ficaram mais famosos porque não saíram para consoles. Lamentável. E uma curiosidade final: nesse jogo não há trilha sonora enquanto se joga. Só quando passa de fase e ao entrar as iniciais na tela de scores.

Uma pequena implementação no blog

Olá, pessoal. Eu implementei no menu à direita um arquivo geral de todos os posts separados por mês. Assim fica fácil saber sobre o quê eu falei durante as últimas semanas. Também adicionei um localizador. Quando a pessoa digita uma palavra-chave, se eu tiver postado, ela irá encontrar o texto ou vídeo sobre o assunto. Espero que gostem. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Double Dragon 2


Definitivamente eu nunca fui fã de continuações quando se trata de jogos. Não joguei Robocop 2, Sonic 2, Donkey Kong Country 2, Top Gear 2, Twin Cobra 2, Arkanoid 2 e etc. (ufa).  Mas lembro de alguns poucos jogos que eu gostei e muito. Double Dragon 2.

O meu problema nesse jogo foi a dificuldade em entender os comandos. Se o ilustre leitor já tiver jogado RENEGADE, então compreenderá melhor o que eu quero dizer. Ao ficar de costas para o inimigo e apertar o botão 1, o personagem dá um "chute coice". Se ficares de frente, o golpe será um soco. Ao pular e pressionar os botões de ataque ao mesmo tempo, no alto, o personagem fará um golpe especial muito útil: um chute helicóptero, similar ao TATSUMAKI SENPUKIAKU do Ryu e do Ken do jogo Street Fighter II, porém ele não faz esse golpe em movimento, e sim no alto e sem sair do lugar. Ele é ideal quando os inimigos o cercam.

Tome, bandido miserável!
Bem, eu fui muito viciado em Double Dragon 1 e joguei em diversos fliperamas aqui em Brasília. O melhor de tudo mesmo é que na segunda versão, muda tudo: a música, os inimigos (somente alguns foram mantidos e o último chefe) a dificuldade e a história. No jogo anterior, a namorada dos irmãos (estranho isso, né? Hahaha) é raptada e neste título, ela é brutalmente assassinada. Por isso o nome THE REVENGE! O jogo tem apenas uma vida e mais nada. Dê o seu melhor para zerá-lo com a única que tens. Não é impossível e é um grande feito conseguir fazer isso.  

Esse jogo também é disponível para Nintendo 8 bits
Falei do último chefe, mas há um "secret boss" desta vez. É a própria sombra do personagem principal. O negócio é feio e é preciso praticar bastante para ter a melhor tática de ataque e vencê-lo. Eu gostaria muito de ser um bom jogador nesse game só que não domino muito bem os macetes. Talvez jogando com mais afinco dê para melhorar porque nunca fui longe também. :)

Vale muito a pena jogar Double Dragon 2. É um jogo divertido, ótimo desafio, música boa e gráficos bons. Se alguém tiver interesse em jogá-lo, sugiro que estude o jogo e vá descobrindo os golpes por meio das combinações. São apenas três botões e não é complicado após alguns poucos minutos de treino.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Revistas sobre videogame - O que houve?

Muito bom-dia a todos vocês que visitam o blog Retrogame. Para muitos que eram crianças ou adolescentes na década de 1990, aqui vai uma matéria interessantíssima a respeito do que aconteceu com as revistas sobre videogame daquela época. Muito devem se lembrar das revistas Ação Games, Videogame, Gamepower e Supergame. Bem, cliquem no link abaixo e tenham diversão.

Agradeço novamente ao amigo Rogerio que vem colaborando muito comigo com sugestões de posts para este espaço aqui. Se alguém tiver alguma sugestão é só enviar um comentário que eu atenderei ao pedido na medida do possível. Obrigado.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Street Fighter II - Champion Edition

Attract mode. Mudaram a cor do fundo e das letras
Depois do enorme sucesso da versão anterior, Champion Edition chegou para mim de surpresa. Naquele dia, eu estava muito ansioso para jogar e eu fazia algo que eu me arrependo amargamente: eu matava aulas. Que coisa feia! A febre dos jogos havia tomado conta de mim e o jogo que mais me fez cabular foi Street Fighter II. Jogava nas locadoras e também nos fliperamas, já que naquela altura do campeonato o game já era muito popular e jogava-se em qualquer lugar. 

Todo jogador tinha uma cor alternativa. Diferenciação entre os lutadores e quebra-gelo para variar um pouco
Bem, o ano era 1992, havia faltado aula, cheguei muito cedo no shopping e o fliperama ainda não estava aberto. Fiquei lá fora aguardando, quando chega um colega que havia feito a mesma coisa (hahaha, muita gente reprovou de ano por causa de faltas. Culpa da cabeça fraca e do vício) e estávamos ansiosos para jogar. Mas ele me falou uma novidade: "Aí, Rafael! Vai jogar com qual chefão no 'Street Fighter 3'?". Eu achei isso muito estranho e pedi para ele explicar melhor. Ele me disse que havia chegado uma nova máquina na qual era possível jogar com os chefões e dois jogadores poderiam escolher o mesmo personagem e também havia a cor alternativa para os personagens. Aquilo foi um grande barato para mim, mesmo sabendo que eu não havia curtido ao máximo a versão anterior. Quando abriu a loja e eu vi a máquina, fiquei triplamente fascinado. Meu primeiro personagem foi o Vega e o segundo foi o M. Bison. Achei tão bacana aquilo... a jogabilidade melhorou e corrigiram alguns problemas. 

Finalmente passou a ser possível jogar com o mesmo personagem
O que eu ri muito foi o fato do moleque ter dito que o jogo era Street Fighter 3, só por causa das implementações e mudanças. Era apenas a nova versão do jogo SF2. 

Tela de escolha. Chefes habilitados para serem escolhidos
Como muitos sabem, houveram as versões Hyper Fighting, The Newcomers e Super Turbo X (conhecido assim no Japão. Nos EUA era só Super Turbo mesmo). Joguei bastante nos arcades e videogames também. Com certeza foi uma fase boa da minha vida, fiz amigos que até hoje mantém contato comigo, acrescentei um novo gênero de jogo na minha lista e precisei aprender a fazer os golpes que tanto sofri para dominar. Um jogo sem igual. Um clássico, um sucesso e uma grande revolução. Insisto! Vejam como são os gabinetes de arcade genéricos dos poucos fliperamas que existem. O jogo é conhecido até hoje, virou filme, desenho animado, revistas em quadrinhos e serviu de inspiração para muitos jogos de luta. Round 1, Win, Perfect, etc... 

Uma das imagens mais memoráveis. Bison vs Sagat lutando no cenário do Dhalsim
Há 20 anos... Saudades.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Street Fighter II - The World Warrior

No começo dos anos 1990, algo novo estava prestes a acontecer no mundo dos games e que, de repente, pegou muitas pessoas de surpresa, inclusive a mim. Uma revolução chegaria e eu não fui capaz de senti-la ou de imaginá-la, claro, ainda estava ligado aos jogos antigos e aos novos títulos que faziam sucesso. Muitos jogos de 1987, 1988, 1989 ainda tinham força e demorariam a cansar. Shinobi, Teenage Mutant Ninja Turtles (Tartarugas Ninja), Golden Axe, Out Run, Tetris, Bad Dudes Vs. Dragonninja, Altered Beast e outros tantos títulos no arcade e a infinidade de jogos do Nintendo 8 bits e Master System também. As pessoas ainda jogavam muito esses jogos e mal poderiam esperar pelo que viria à frente.

Eu não poderia imaginar que chegaria um jogo que prendesse ainda mais a minha atenção
Por falar nisso, citei Tartarugas Ninja. Gostaria de falar uma coisinha bem rápida antes de adentrar o real assunto. Foi o primeiro jogo com quatro jogadores simultâneos que eu joguei. Simplesmente pirei com aquele gráfico, música, dificuldade e diversão. Não imaginaria ver algo que me fizesse ficar ainda mais vidrado.
Em um dia de 1991, resolvi ir ao fliperama mais caro daqui de Brasília (Divertilândia, Parkshopping). O fliper tinha aproximadamente trinta máquinas de pinball (Sure Shot, Gork, Oba Oba, Drakor, Cavaleiro Negro, Cosmic, Mr. Black, Shark, etc.) e todos os clássicos possíveis de arcade, incluindo o “novo” jogo Tartarugas Ninja com quatro jogadores.  Havia Robocop, Time Soldiers, 1941 em um gabinete no qual o jogador sentava e tinha uma tela muito grande, Getstar, Ghosts´n Goblins e mais umas quase trinta e poucas máquinas. Era enorme aquele espaço e o preço da ficha era caro. Equivalente a uns R$ 2,90 hoje em dia. Mas nesse dia em específico, TUDO MUDOU. Cacetada, cadê os jogos, Senhor?? TUDO SUMIU. Todos os pinballs que eu tanto amava e os jogos clássicos que fizeram parte da minha vida, FORAM EMBORA! 

Eu fiquei sem muito interesse porque o ambiente era muito espaçoso e no lugar surgiram muitas máquinas novas. Entre elas, Fatal Fury, Blood Bros, Moonwalker  e outras tantas. Para vocês terem ideia,  no lugar de quase sessenta máquinas entre pinballs e arcade, entraram umas trinta e poucas. Fiquei passando a vista e algumas coisas me agradaram como Final Fight e Shinobi.  Eu sempre fui um saudosista e achei muito triste ver apenas os jogos anteriormente mencionados. À primeira vista, realmente não gostei muito desses games e só fui valorizá-los depois, tanto que já fiz posts sobre alguns desses jogos.

Levei um susto quando vi tantos botões
Depois de tanta enrolação, o clímax deste post: VI UM GABINETE COM DOIS CONTROLES E SEIS BOTÕES!! Já achava três botões algo absurdo, cheio de detalhes. O que diabo era aquilo? 6, MEIA DÚZIA DE BOTÕES?? Cheguei mais perto e estava vendo um loiro de kimono vermelho brigar com outro de kimono branco e faixa vermelha na cabeça. Eles falavam palavras estranhas, algo como (ADUUUUUKEEN), (PAPAIQUÉFRUTAAA), (RÓRIUGUEN)... Eu fiquei paralisado. Aí eu vi a tela de escolha dos personagens e percebi que era possível escolher um entre oito e um era mais figura que o outro. Fiquei perto para ouvir a música e os sons. AMEI AQUILO! Me agradou MUITO!! O gráfico era o máximo, o jogo prendia a atenção, percebi naquele fliperama de shopping burguês, que havia uma fila de pessoas se aproximando da máquina e como o som era alto, quanto mais pessoas chegavam perto, outras se sentiram atraídas e curiosas para ver o que acontecia ali. 


O nome do jogo? STREET FIGHTER II – THE WORLD WARRIOR. Ele revolucionou os gabinetes de fliperama e até hoje, graças a esse jogo, não vejo UM gabinete que não tenha dois controles com seis botões cada. Quando esse jogo saiu para Super Nintendo e Mega Drive foi uma febre doida. Durante  os anos de 1990, 1991, 1992 e 1993, quase 95% das pessoas (ou pelo menos meus amigos e conhecidos) só jogavam Street Fighter II.

Sei que este post está longo e isso é bem incomum aqui, mas gostaria de lhes contar como foi o meu primeiro contato com esse jogando como jogador também. Eu enfiei a ficha na máquina;  apertei start;  escolhi o Ryu, meu primeiro personagem. Achei que para fazer um shoryuken, bastasse pular e apertar soco! HAHAHAHAHAHAHA. Puxa vida, que animal. Não sabia fazer um hadouken e mesmo o pessoal me ensinando, eu não consegui aprender tão rápido.

Aquilo mexeu comigo. Até então, todos os jogos que eu jogava eram muito mais simples. Não me perdia nos botões e os golpes especiais consistiam em uma combinação de botões ou de controle. Algo como frente, frente, ataque; ataque+pulo, etc. Street acabou comigo e durante um tempo, eu pensei em desistir, porque a frustração foi muito grande.

Eu me perguntava... Quando o lutador escolhido vencia os outros sete, o que acontecia? O jogo acabava? Não. Apareciam os três chefes finais: Balrog, Vega e Sagat. O povo perdia direto para o Vega, mascarado espanhol. Quando alguém bom aparecia e o vencia, finalmente chegava no Sagat e como num filme de lutas, o povo torcia para alguém vencê-lo. Ao derrota-lo, minha surpresa: HAVIA UM OUTRO CARA AINDA MAIS DIFÍCIL!! E o nome dele me causou um estranhamento doido: M.BISON. O que era aquele cara? Um militar? Um general? Um ditador? Ele era muito apelão e no começo, pouquíssimos zeravam. No princípio, pelo menos aqui em Brasília, todo mundo jogava era para zerar e quando todos se cansaram de jogar contra o computador, aí começou o versus. Outro modo do jogo no qual um jogador jogava contra o outro. HERE COMES A NEW CHALLENGER.

Algumas poucas curiosidades pessoais sobre esse jogo na época:

1 – Quando eu via o povo enfrentando os chefões, só via as lutas iniciadas contra Balrog, Veja e M.Bison. Quando eu vi o Sagat pela primeira vez, eu morri de rir com a voz dele falando TIGER, TIGER, TIGER UPPERCUT. Me deu tanta crise de riso eu corri para o banheiro fazer xixi (eu era uma criança muito feliz);

2 – Eu e alguns amigos demoramos para entender porque na versão de Super Nintendo os nomes dos chefes eram trocados;

3 – Gostava tanto da música que eu consegui convencer um amigo a fechar o fliperama para eu levar o meu gravador de fita K7 e gravar as músicas de todos os personagens;

4 – A Chun Li foi a minha primeira personagem séria no jogo e o meu segundo foi o Blanka. Os golpes deles eram mais fáceis de se fazer. Zangief foi o último;

5 – Depois de algum tempo, a maioria dos flipers de Brasília e de outras cidades daqui tinham essa máquina. Podia jogar onde eu quisesse por uma bagatela de 50 centavos a ficha;

6 – Quando eu vi a nacionalidade de cada personagem, achei o máximo, mas fiquei puto quando vi que o Blanka com aquele aspecto horrível era brasileiro. Claro que ele não nasceu no Brasil, mas mesmo assim, achei sacanagem aquilo, hahahaha;

7 – Havia uma lenda sobre o final de cada jogador. O povo espalhou que no zeramento, o lutador escolhido salvava a sua mãe, ou seja, zerou com o Ken, aparecia a mãe dele. Zerou com a Chun Li, aparecia a mãe dela e por ia. Tudo balela como todos sabem;

8 - O joystick original de Mega Drive tinha 3 botões (A, B e C). Depois que esse jogo saiu para este console, surgiu o modelo com 6 botões;

9 – O pessoal tinha a mania feia de tomar o jogo do molequinho que não sabia fazer os golpes e não conseguia vencer o oponente. “Deixa eu ‘matar’ o Guile pra vc, ‘véi’”. Aquilo era muito irritante, caramba.

Essa foi a parte 1 desse divisor de águas na minha vida. Na próxima parte, falarei sobre STREET FIGHTER 2 – CHAMPION EDITION. Prometo que o próximo post será mais curto e padrão do blog.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Icade


Se tem uma coisa que eu acho muito legal é quando há o envolvimento entre tecnologia e resgate do passado. Esse aparelho é muito interessante. Além dele ser muito bonito, ele é um apetrecho do Ipad. Conecta-se o cabo usb no Icade e aí você tem diversão até o dia da ossada. Gostaria muito de ter um e testar o controle. Os botões são um pouco duros, mas acredito que como se trata de jogos muito antigos, isso não faz diferença em alguns games. O problema é se ele também puder ser utilizado para jogar games mais atuais. Haja dedo, meu amigo.

O valor é de R$ 799,99 e tem uma infinidade de jogos de Atari e arcade. Corra atrás do seu e leve sua jogatina para onde quiser. :)

Essas são as instruções para o uso do Icade. Coisa fina.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Bug no Rygar

Vejam neste vídeo como um bug pode abalar psicologicamente um jogador. Eu nunca vi isso antes nesse jogo e isso é um playback. A maior surpresa foi quando isso aconteceu no dia! Até hoje eu rio disso. Aí vai:

Duvido que isso irá se repetir

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Top Gear/Top Racer


Existem jogos que causaram febre na década de 1990 e viraram clássicos que até hoje são jogados por muita gente da velha guarda e que atrai alguns poucos novos jogadores. Esse jogo de corrida é um deles e, com certeza, agradou gregos e troianos. Jogabilidade simples, diversão altíssima, competitividade nota dez e música muito envolvente.

Eu joguei apenas essa versão e muitos dos meus amigos elogiaram ao máximo as sequências: Top Gear 2 e Top Gear 3000. Dei uma checada, mas preferi me manter mesmo no primeiro game. Nada contra as outras, mas durante uma fase da vida de jogador, eu não tive paciência para sequências (Sonic 2, Donkey Kong Country 2, Streets of Rage 2, etc).

Top Gear é um jogo fácil de se acostumar e não tem muitos mistérios. Insere-se o nome do jogador, escolhe-se o tipo de marcha (manual/automático) e o carro. É possível até escolher o país! Dadas essas informações, o jogo começa. O importante é chegar em primeiro ou em segundo, ter uma boa pontuação no final de cada campeonato e prosseguir para as fases posteriores.
 É um dos poucos games que eu gosto de jogar no modo 2 players. Sinceramente, acho entendiante jogar Top Gear sozinho. Lembro-me agora de uma outra coisa que foi muito engraçada, pelo menos para mim. Dois caras estavam jogando esse jogo em uma locadora e eles não conseguiam passar da quinta rodada. Eu cheguei neles e falei para digitarem no campo de password a palavra horizons. Isso os levou para a última fase. Os caras jogavam com afinco e davam muito dinheiro para os donos da locadora e quando eles perderam o interesse por jogar o jogo, os donos me chamaram num canto e ficaram PUTOS!! Meu Deus, pensei que fossem me matar. Ficaram com raiva porque eu os ensinei a chegar ao final do jogo com uma única palavra. Viram como palavras têm poder? Hahaha.


Pena que o Super Nintendo já era. É um jogo que tinha tudo para ser jogado por pessoas até hoje, mas em maior número. Só quem conhece e que passa o legado desse jogo é que faz essa tarefa. Muitos infelizemente o desconhecem. Seria muito bom se fizessem um remake para ele.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Máquinas de arcade sendo fabricadas

Agradeço muito pela colaboração do meu amigo Rogério mais uma vez com este excelente vídeo. Vejam como uma máquina de fliperama é montada. Com certeza um ótimo achado e espero que vocês gostem também:

Este vídeo pertence ao usuário

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Laser Gates

Copiado do site AtariGuide. Na versão da CCE engoliram uma letra "s"
De volta ao Atari 2600, falo hoje de um jogo que sempre gostei muito. Laser Gates é um shooter bem diferente de River Raid e Megamania. Ele se parece muito com o Defender, mas com a diferença que a nave não se movimenta livremente nas direções esquerda e direita, ou seja, a tela a obriga a se movimentar sempre no sentido esquerda/direita sem volta.


No primeiro campo se encontra a pontuação, no segundo a energia, no terceiro o escudo (que é como o life) e no quarto, a barra de tempo. Confesso que não sei distinguir a diferença entre a energia e o timer. Quando o jogador colide ou é acertado por algum tiro, ele perde shield. Ao final de cada fase, uma barreira poderosa aparece e se ela não for destruída rapidamente, aí sim, o tempo acaba e perde-se a partida.

Qualquer tipo de barreira laser é indestrutível
Era um jogo muito bom de se jogar. Fico muito feliz por tê-lo conhecido porque além de ser um ótimo desafio, ele era totalmente randômico. A qualquer momento poderia vir o míssil, que é um dos inimigos mais complicados de se destruir.

Meu amigo Rogério e seu cartucho Laser Gates pela CCE

Eu nunca fui longe nesse jogo pois eu sempre perdia na segunda fase. A dificuldade aumentava drasticamente, principalmente nos corredores laser que vinham muito mais rápido. Era preciso saber o momento exato de passar por eles e saber como fazer isso sem receber dano. O tempo para calcular o tempo de passagem é curto, então qualquer ação errônea consistia em um grande prejuízo ao shield.

 Recomendo esse jogo a todos os retrosaudosistas e que gostam de bons desafios. O jogo só tem uma vida, mas é possível recuperar o life ao passar de fase e pegando uma "pastilha" de energia. Boa sorte e passe logo da segunda fase. :)

domingo, 25 de novembro de 2012

Mr. Do

Mr. Do é um jogo no qual eu fiquei vidrado por alguns pouco anos, mais ou menos de 1989 a 1991. Joguei muito no Atari 2600 do meu amigo e um pouco no fliperama da cidade vizinha a minha. Admiro muito quem sabe jogá-lo porque é bonito de se ver.


À primeira vista parece um game fácil e tranquilo, mas é jogando que se pode notar o quanto é complicado não fazer uma boa estratégia. O que eu quero dizer com isso? Bem, passa-se de fases de três maneiras: colhendo/comendo as cerejas do terreno, matando todos os monstros que lhe perseguem e esperar que saiam todos os monstros e comer a guloseima no meio do campo. Eu prefiro a primeira alternativa se desejo apenas avançar e a segunda é a melhor para pontuar.

Versão Atari 2600. Joguei MUITO mesmo. Velhos tempos
Repare na palavra EXTRA que aparece acima. Ao matar os monstros-letra, essa palavrinha vai aos poucos acendendo. Quando todas as letras estiverem acesas, o jogador ganha uma vida "EXTRA". Interessante, né?

Esse monstrinho é a maior ameça do jogo
Nesse jogo não há chefes, mas há um monstro complicado que sempre vai atrás da letra (esse na foto acima). Ele é capaz de cavar assim como o nosso pierrot heroi. Cuidado com ele.
Cartucho para Atari 2600
Mr. Do tem outras versões. Não as joguei como devia porque preferi MESMO essa versão original. Desde muito tempo que eu prefiro aquilo que me agrada e esse jogo é o máximo. Sugiro que o joguem porque ainda existem games simples que conseguem entreter por boas poucas horas.